domingo, 6 de outubro de 2013

Elysium



Por Ananda  Oliveira

Elysium é um filme pós-apocalíptico que se passa no ano de 2154. A Terra não possui mais os mesmos recursos de antes e é superpovoada. A população possui um sistema de saúde muito precário e vive na pobreza. Já Elysium é um lugar onde tem recursos médicos, atmosfera favorável para a vida, tudo que os habitantes da terra precisam, mas somente as pessoas de grande poder aquisitivo podem almejar. É como se fosse uma estação espacial.
Terra

Elysium

Muito se falou sobre o personagem de Wagner Moura. Fico feliz em dizer que ele não participou em apenas cinco minutos de filme como eu esperava. Além da criatividade do diretor em roteirizar o personagem, Moura brilha na sua interpretação e, como Alice, faz valer  o orgulho de ser um ator brasileiro, mostrando ao mundo o que temos de melhor em relação a arte mostrada em seus trabalhos.

Os atores hollywoodianos, por sua vez, matem o seu destaque se entregando totalmente aos personagens. Matt Damon está impressionante! Não costumo gostar da atuação dele, mas, nesse filme, ele me conquistou. Jodie Foster interpreta um personagem com um estereótipo de poder muito forte, mas a sua atuação suaviza um pouco essa característica.

O diretor Neil Blomkamp já tinha ganhado a atenção dos estúdios de cinema com o seu filme Distrito 9. O filme, a principio, não tinha os “requisitos” para ganhar destaque como um filme blockbuster, por exemplo. Ele deu “a cara a tapa” e lançou o seu filme que foi um grande sucesso de bilheteria e rendeu destaque ao seu nome.

Sua criatividade não parece ter limites, como podemos observar em Distrito 9 e Elysium. E esse é o ponto chave de seu talento. Blomkamp não é um diretor típico, como muitos, de filmes regulares como comédias românticas e de ação, que costumam passar despercebidos. Ele faz questão de deixar a sua marca no espectador, assim como grandes diretores: Peter Jackson, Alfred Hitchcock, James Cameron, J J Abrams, Christopher Nolan e Guilhermo Del Toro.


Ele é diferente. Ele CRIA. E é justamente de pessoas assim que a indústria do cinema precisa. Pessoas que tenham a capacidade e o talento de CRIAR suas histórias e fazê-las acontecer numa tela de cinema.


Fico feliz em dizer que o cinema ainda preserva a sua essência. E, sinceramente, espero que existam mais diretores como Blomkamp e outros citados neste texto.


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