quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Gravidade



Por Ananda Oliveira

Por mais que o filme tenha como ambiente o espaço ele não é um filme sobre o espaço.

Gravidade possui um caráter íntimo e pessoal como se fosse uma poesia adaptada para as grandes telas do cinema.

A trama é focada em dois personagens centrais: o astronauta experiente, Matt Kowalski, e a doutora Ryan Stone, que está em sua primeira viagem ao espaço. Durante uma missão, com o objetivo de consertar o telescópio Hubble, eles são surpreendidos por uma chuva de destroços decorrente da destruição de um satélite por um míssil russo, que faz com que sejam jogados no espaço sideral.

A partir desse momento os acontecimentos em torno dos personagens faz o espectador sentir medo, agonia e desespero. Em algumas cenas podemos ter a visão de Ryan escutando apenas sua respiração.

A musicalidade presente no filme é sutil e agradável, combinada com as situações pelas quais os personagens passam. Em algumas cenas de tensão a trilha sonora tem as notas misturadas a batimentos cardíacos.

Clooney fez a sua parte. Não digo apenas isto por não ter me agradado com a sua atuação. Ao contrário, ele foi necessário e especial para trama. Mas, sem dúvida, Bullock ganha o seu destaque que, em minha humilde opinião, vai render mais um Oscar em sua prateleira.

Os planos do filme e a própria gravidade passam mensagens simbólicas em determinadas cenas, como quando, por exemplo, dentro de uma nave, podemos observar Ryan em posição fetal girando lentamente e, ao fundo, escutando uma música, quase como uma canção de ninar.

O filme, no geral, possui uma mensagem delicada e ao mesmo tempo forte sobre superação, amor à vida e sobre ter força para encarar os problemas e conseguir ultrapassá-los.

A sensação por mim vivenciada, como expectadora, é de vitória e fome cinematográfica saciada.


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