Gravidade
Por Ananda Oliveira
Por mais que o filme tenha como ambiente o espaço ele não é
um filme sobre o espaço.
Gravidade possui um caráter íntimo e pessoal como se fosse
uma poesia adaptada para as grandes telas do cinema.
A trama é focada em dois personagens centrais: o astronauta
experiente, Matt Kowalski, e a doutora Ryan Stone, que está em sua primeira viagem
ao espaço. Durante uma missão, com o objetivo de consertar o telescópio Hubble,
eles são surpreendidos por uma chuva de destroços decorrente
da destruição de um satélite por um míssil russo, que faz com que sejam jogados
no espaço sideral.
A partir desse momento os
acontecimentos em torno dos personagens faz o espectador sentir medo, agonia e
desespero. Em algumas cenas podemos ter a visão de Ryan escutando apenas sua
respiração.
A musicalidade presente no filme é
sutil e agradável, combinada com as situações pelas quais os personagens passam.
Em algumas cenas de tensão a trilha sonora tem as notas misturadas a batimentos
cardíacos.
Clooney fez a sua parte. Não digo apenas
isto por não ter me agradado com a sua atuação. Ao contrário, ele foi
necessário e especial para trama. Mas, sem dúvida, Bullock ganha o seu destaque
que, em minha humilde opinião, vai render mais um Oscar em sua prateleira.
Os planos do filme e a própria
gravidade passam mensagens simbólicas em determinadas cenas, como quando, por
exemplo, dentro de uma nave, podemos observar Ryan em posição fetal girando
lentamente e, ao fundo, escutando uma música, quase como uma canção de ninar.
O filme, no geral, possui uma
mensagem delicada e ao mesmo tempo forte sobre superação, amor à vida e sobre ter
força para encarar os problemas e conseguir ultrapassá-los.
A sensação por mim vivenciada, como expectadora,
é de vitória e fome cinematográfica saciada.
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