terça-feira, 22 de julho de 2014

Elefante



Geralmente, só revemos um filme se o mesmo nos agradar da primeira vez, certo? Mas, as vezes, rever um filme que não te chamou muito a atenção pode se tornar uma experiência bastante gratificante.

Por Nathalia Lopes

Esta semana eu revi o filme Elefante. O longa, de 2003, conta a história de um massacre em uma escola nos EUA. Pode parecer um tema batido, mas é brilhantemente trabalhado por Gus Van Sant (Milk - A Voz da Igualdade, Inquietos), que assina o roteiro e a direção.


Elefante possui alguns pontos bem interessantes:

Ideia de simultaneidade

A primeira parte do filme mostra a história de diferentes alunos da escola e elas, muitas vezes, se cruzam e acontecem ao mesmo tempo. Esse é um recurso bastante usado, principalmente em novelas, quando o roteirista (ou autor) quer mostrar o que a vizinha está fazendo na casa dela enquanto eu estava fazendo aquilo que vocês já viram que eu estou fazendo na minha. Parece um pouco complicado, mas é basicamente mostrar em um filme que o mundo não para enquanto algo acontece àquela personagem específica. Isso pode atrapalhar o contexto do filme e confundir o expectador, mas isso não acontece nesse filme. Conseguimos rapidamente notar que é um acontecimento simultâneo.

Apresentação das personagens

Boa parte do filme é dedicada à apresentação das personagens, a mostrar como é "um dia normal" nas suas vidas. Para quem não está acostumado a esse estilo mais "arrastado" pode achar o filme tedioso (como eu mesma achei da primeira vez que vi), mas esse é o ponto chave do longa.

Outra coisa que achei bem interessante é que essa apresentação não é carregada de sentimentalismo e, no caso dos atiradores de "coitadismos", é uma apresentação neutra que tem por objetivo único e exclusivo mostrar a rotina do colégio através daqueles alunos.


Se você ainda não viu, veja. E se você viu e não curtiu muito, tente rever e veja se sua visão sobre o filme mudou.

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