Deus da Carnificina
Por Ananda Oliveira
A adaptação da peça teatral de
Yasmina Reza, feita por Polanski, segue o ritmo e a essência do original.
A situação que promove o encontro
entre os casais é uma briga que ocorreu entre seus filhos. Afim de dar uma solução
ao ocorrido, os pais se juntam para dar um ponto final na situação. A partir da
primeira cena já vemos uma hipocrisia estereotipada presente nos personagens.
A trama é tratada de uma forma
sutil, que se encaixa perfeitamente nos personagens fazendo–os revelar ao
espectador suas características íntimas.
O foco do filme sem dúvida é o
roteiro pois, sendo uma adaptação teatral, o cenário fica delimitado entre
apartamento e corredor, o que ajuda a causar uma sensação de aprisionamento em
que os personagens acabam se encontrando.
Os diálogos são diretos sem
perder o timing cômico, as vezes
recheado de sarcasmo e cinismo. Os atores a princípio começam “iguais”, como um
rosto de paisagem representando o estereótipo já mostrado pelo figurino. Eles
se moldam perfeitamente às situações tirando o máximo do texto.
O filme acaba sendo uma terapia
de casal para os personagens e uma terapia de risos, muito divertida, para o espectador
que não vai sentir o tempo passar.
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