sexta-feira, 5 de julho de 2013

Deus da Carnificina



Por Ananda Oliveira


A adaptação da peça teatral de Yasmina Reza, feita por Polanski, segue o ritmo e a essência do original.

A situação que promove o encontro entre os casais é uma briga que ocorreu entre seus filhos. Afim de dar uma solução ao ocorrido, os pais se juntam para dar um ponto final na situação. A partir da primeira cena já vemos uma hipocrisia estereotipada presente nos personagens.

A trama é tratada de uma forma sutil, que se encaixa perfeitamente nos personagens fazendo–os revelar ao espectador suas características íntimas.

O foco do filme sem dúvida é o roteiro pois, sendo uma adaptação teatral, o cenário fica delimitado entre apartamento e corredor, o que ajuda a causar uma sensação de aprisionamento em que os personagens acabam se encontrando.

Os diálogos são diretos sem perder o timing cômico, as vezes recheado de sarcasmo e cinismo. Os atores a princípio começam “iguais”, como um rosto de paisagem representando o estereótipo já mostrado pelo figurino. Eles se moldam perfeitamente às situações tirando o máximo do texto.


O filme acaba sendo uma terapia de casal para os personagens e uma terapia de risos, muito divertida, para o espectador que não vai sentir o tempo passar.

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