sexta-feira, 12 de abril de 2013

O Garoto



Nome original: The Kid
Ano: 1921
Diretor: Charles Chaplin
Elenco: 
Charles Chaplin .... O vagabundo
Edna Purviance .... A mãe
Jackie Coogan .... O garoto
Baby Hathaway .... O garoto quando era um bebê
Carl Miller .... O artista
Granville Redmond .... O amigo
Tom Wilson .... O policial
May White .... A esposa do policial

Sinopse: O filme conta a história de um bebê que é abandonado pela mãe que não tem condições de criá-lo e que é encontrado e criado pelo vagabundo. Conforme os anos se passam, o garoto e o vagabundo se tornam uma dupla perfeita, bolando diferentes esquemas para conseguir o dinheiro para seu sustento.


“Você quer me entender? Assista os meus filmes.” – Frase do filme Chaplin (Baseado na bibliografia escrita por Charles Chaplin).

Nesse filme é possível notar a essência viva dessa frase.

O filme possui elementos baseados na vivência do diretor, como o cortiço, assemelhado aos  de onde viveu quando pequeno,  assim como o garoto,  também foi tirado da sua mãe que não tinha muitas condições para sustenta-lo. 

Na trama o vagabundo, após algumas idas e vindas, adota o bebê encontrado e o cria como seu próprio filho. Eles vivem num cortiço pobre e trabalham pra sobreviver. A mãe do garoto vira uma artista famosa que se dedica a caridade, que segundo o diretor “Pra uns um dever, para outros uma alegria”.

O filme é bem equilibrado entre drama e comédia. Um dos momentos dramáticos mais marcantes e emocionantes do filme é quando o diretor de um orfanato vai até o cortiço levar o garoto. A câmera foca no garoto esticando os braços e chorando chamando pelo “pai”, depois corta pra vagabundo sendo impedido de ir atrás dele.  Um momento cômico muito interessante é o que mostra o esquema de trabalho dos dois, às vezes com a supervisão de um policial que passa por perto. É considerado um dos primeiros longa-metragem que misturou drama e comédia. Assim como diz no inicio “...Um filme com um sorriso, e talvez uma lagrima...”.

Jackie Coogan era filho de um casal da alta sociedade, muito talentoso e que encantou Chaplin, que se apegou a ele. No filme é possível notar a química entre os dois, como se fossem dois amigos contando uma história.

Durante a produção desse filme a vida pessoal de Chaplin estava em crise. As filmagens começaram pouco tempo depois da morte de seu primeiro filho recém-nascido.  O que muitos acham ser a essência de sensibilidade mostrada no filme.

Quando lançado o filme não tinha trilha sonora. Ela só foi composta por Chaplin em 1971.

O filme possui uma doçura em sua linguagem que consegue cativar o espectador com lágrimas de emoção e risos de muita alegria.

Curiosidade

Chaplin retornou em 1972 aos Estados Unidos para receber o seu Oscar Honorário, prêmio da academia em homenagem a trajetória daqueles que foram de grande importância na indústria do cinema. Jackie Coogan, na época com 48 anos, foi encontrar com o diretor no aeroporto. Chaplin imediatamente reconheceu aquele homem, que uma vez foi o garoto que encantou o diretor e todo o público. 

Após abraçar o diretor, Jackie se dirigiu a esposa de Chaplin e disse “Nunca se esqueça que seu marido é um gênio. Um dos maiores que o mundo já viu.”

No momento em que Chaplin recebe o Oscar é possível ver Jackie Coogan na plateia.

  2 comentários:

  1. Muito bem escrito, Chaplin nos emocina mesmo. E nos faz refletir de forma humorada e inteligente.Parabéns Ananda!

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