O Garoto
Ano: 1921
Diretor: Charles Chaplin
Elenco:
Charles Chaplin .... O vagabundo
Edna Purviance .... A mãe
Jackie Coogan .... O garoto
Baby Hathaway .... O garoto quando era um bebê
Carl Miller .... O artista
Granville Redmond .... O amigo
Tom Wilson .... O policial
May White .... A esposa do policial
Sinopse: O filme conta a história de um bebê que é abandonado pela mãe que não tem condições de criá-lo e que é encontrado e criado pelo vagabundo. Conforme os anos se passam, o garoto e o vagabundo se tornam uma dupla perfeita, bolando diferentes esquemas para conseguir o dinheiro para seu sustento.
“Você quer me entender? Assista os meus
filmes.” – Frase do filme Chaplin (Baseado na bibliografia escrita por Charles
Chaplin).
Nesse
filme é possível notar a essência viva dessa frase.
O
filme possui elementos baseados na vivência do diretor, como o cortiço,
assemelhado aos de onde viveu quando pequeno, assim como o garoto, também foi tirado da sua mãe que não tinha
muitas condições para sustenta-lo.
Na
trama o vagabundo, após algumas idas e vindas, adota o bebê encontrado e o cria
como seu próprio filho. Eles vivem num cortiço pobre e trabalham pra
sobreviver. A mãe do garoto vira uma artista famosa que se dedica a caridade,
que segundo o diretor “Pra uns um dever, para outros uma alegria”.
O filme é bem equilibrado entre drama e comédia. Um dos momentos dramáticos mais marcantes e
emocionantes do filme é quando o diretor de um orfanato vai até o cortiço levar
o garoto. A câmera foca no garoto esticando os braços e chorando chamando pelo
“pai”, depois corta pra vagabundo sendo impedido de ir atrás dele. Um momento cômico muito interessante é o que
mostra o esquema de trabalho dos dois, às vezes com a supervisão de um policial
que passa por perto. É considerado um
dos primeiros longa-metragem que misturou drama e comédia. Assim como diz no
inicio “...Um filme com um sorriso, e talvez uma lagrima...”.
Jackie
Coogan era filho de um casal da alta sociedade, muito talentoso e que encantou Chaplin, que se apegou a ele.
No filme é possível notar a química entre os dois, como se fossem dois amigos contando
uma história.
Durante
a produção desse filme a vida pessoal de Chaplin estava em crise. As filmagens
começaram pouco tempo depois da morte de seu primeiro filho recém-nascido. O que muitos acham ser a essência de
sensibilidade mostrada no filme.
Quando
lançado o filme não tinha trilha sonora. Ela só foi composta por Chaplin em
1971.
O
filme possui uma doçura em sua linguagem que consegue cativar o espectador com
lágrimas de emoção e risos de muita alegria.
Curiosidade
Chaplin
retornou em 1972 aos Estados Unidos para receber o seu Oscar Honorário, prêmio da academia em homenagem a trajetória daqueles que foram de grande
importância na indústria do cinema. Jackie Coogan, na época com 48 anos, foi
encontrar com o diretor no aeroporto. Chaplin imediatamente reconheceu aquele
homem, que uma vez foi o garoto que encantou o diretor e todo o público.
Após
abraçar o diretor, Jackie se dirigiu a esposa de Chaplin e disse “Nunca se esqueça que seu marido é um gênio. Um dos maiores que o mundo já viu.”
No
momento em que Chaplin recebe o Oscar é possível ver Jackie Coogan na plateia.
Muito bem escrito, Chaplin nos emocina mesmo. E nos faz refletir de forma humorada e inteligente.Parabéns Ananda!
ResponderExcluirObrigada. =)
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