sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Serial killers no cinema - Parte 1




Um bom vilão é fundamental para a construção de uma boa história, sem ele nenhum mocinho será muito bom e nenhuma história será de fato interessante.

Existem vários tipos de malfeitores ao longo da história do cinema. Porém, um tipo em especial costuma despertar fascínio ao mesmo tempo em que apavora os amantes da sétima arte: O Serial Killer.

Por Nathalia Lopes


Antes de falarmos sobre como essa personagem surgiu no cinema, vamos entender o que significa esse termo. Um assassino em série (serial killer) é um tipo de criminoso de perfil psicopatológico, que comete crimes com uma certa frequência, geralmente seguindo um modus operandi e, às vezes, deixando sua "assinatura" como, por exemplo, coleta da pele das vítimas.

Existem, basicamente, dois tipos de serial killers: os do "tipo organizado", sujeitos que normalmente exibem inteligência normal e conseguem se inserir bem na sociedade. São muito mais difíceis de serem pegos, visto que planejam seus crimes, não costumam deixar provas e podem ter uma vida aparentemente normal com família constituída e emprego, muitas vezes de alto nível. Podem chegar mesmo a concluir nível superior. Já os "tipo desorganizados", são impulsivos, não planejam seus atos, costumam usar objetos que encontram no local do crime e, muitas vezes, os abandonam alimesmo, deixando muitas provas.

O primeiro caso podemos observar no filme O Padrasto; um homem educado, bem apessoado, simpático e inteligente que escolhe para vítimas mulheres, mães solteiras. Ele se aproxima delas, as conquista, vai morar com elas e depois mata toda a família. Já o segundo caso, podemos ver no filme Perfume - A História de um Assassino, onde o jovem Jean-Baptiste Grenouille nasce com um olfato aguçado e começa a aprender o ofício de criar perfumes, porém sua ficção em encontrar o perfume perfeito o leva a matar jovens moças, na tentativa de capturar a essência do corpo delas.

Com apenas 5% da população mundial os Estados Unidos produziu 84% do total de casos conhecidos de serial killers desde a década de 80. Não é por acaso que os americanos são os maiores produtores de filmes com essa temática.

Segundo pesquisas, o primeiro filme a mostrar um assassino em série foi O Gabiente do Dr. Caligari, em 1920. Porém, nessa época, o termo usado era maníaco e não serial killer. No longa, um misterioso hipnotizador, Dr. Caligari (Krauss), chega a um pequeno vilarejo da fronteira holandesa acompanhado do sonâmbulo Cesare (Veidit) que, supostamente, estaria adormecido por 23 anos. À noite, Cesare perambula pela cidade, concretizando as previsões funestas do seu mestre, o Dr. Caligari. O filme, que também é considerado o primeiro terror do cinema, é dirigido por Robert Wiene.


Ainda que Norman Bates não seja um típico serial killer, Psicose é considerado o primeiro filme moderno sobre o assunto. Tal reconhecimento veio pelo fato do longa, assinado por Hitchcock, abordar o lado psicológico do assassino, um homem com distúrbios psicológicos profundos que, na verdade, só está tentando defender a relação doentia que tem com a mãe.


Carismáticos, misteriosos, emblemáticos, cruéis e fascinantes os assassinos em série do cinema conquistam fãs a todo momento. Como eu disse, um bom vilão é o tempero para qualquer filme.

Confira na segunda parte da matéria uma linha cronológica dos serial killers do cinema, com vídeos, imagens e sinopses.

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