Planeta dos Macacos: O Confronto
Por Ananda
Oliveira
O filme se
passa dez anos após os acontecimentos do primeiro filme, onde Cesar se colocou
livre ao lado de seus iguais e um piloto, vira a primeira vítima de um possível
vírus, que poderia dizimar a humanidade.
No início do
filme, esse fato é confirmado. O vírus que seria utilizado para criar a cura
para o Alzheimer, se espalhou por todo o mundo e matou milhões de pessoas. Em
um determinado momento, os poucos que restaram e se mantiveram imunes ao vírus,
tentam sobreviver em um mundo com escassez de energia e outras faltas de
recursos.
Os macacos
vivem em comunidade e estão em um contínuo progresso. Eles se comunicam com
linguagem de sinais e, às vezes pela própria fala. Aprendem a ler e a escrever
em pedra, isso é observado quando Maurice ensina aos filhotes, em um espaço como
se fosse uma escola. Para se protegerem
eles possuem lanças, para ir a longas distâncias eles usam cavalos. Isso é
Impressionante! É como se fosse o próprio
progresso, que o ser humano teve de passar para chegar onde está.
A comunidade
de Cesar e os humanos restantes acreditam que estão isolados um do outro. Eles acabam se encontrando, e os humanos
precisam de uma nova fonte de energia, para conseguirem se comunicar com outras
pessoas mundo a fora, e saber se existe mais alguém além deles.
Desde o
momento, do encontro entre eles até o final do filme, existe tensão. Tudo pode
acontecer. Se um homem fizer besteira o macaco pode revidar e vice-versa.
Assim como o
anterior, o filme desenrola por partes e sem ansiedade de chegar ao fim, tudo
acontece no momento certo, no seu devido tempo.
Dando ao filme, a liberdade de se conduzir pelo espaço-tempo no seu
próprio ritmo, e isso contribui com a tensão.
O mais interessante
é observar que, mesmo sendo de espécies diferentes, eles agem como se fossem da
mesma. Isso pode ser observado da seguinte forma: Cesar (Andy Serkis), assim
como, Malcom (Jason Clark) acredita que ambos podem viver em harmonia
respeitando seu espaço. Já Koba (Toby Kebbell) e Dreyfus (Gary Oldman) se preparam para enfrentar o inimigo,
pois ambos acreditam que sua espécie pode ser destruída pela outra. Há muitas
outras cenas em que isso pode ser observado, na comunicação, na personalidade e
principalmente o mau e o medo.
O trabalho dos atores e da direção é estonteante. Afinal, nós
espectadores vemos tudo pronto. Os atores atuaram entre si, vestidos de colan
cinza e pontinhos no rosto, e mesmo assim, duvido que, alguém não acreditaria
que o homem vestido de cinza seria na verdade, um macaco.
Podemos esperar uma continuação, pois o confronto já foi
iniciado e como o próprio Cesar diz: Os humanos não vão perdoar.
Ave Cesar.
Eu não gostei tanto assim do filme. Concordo que o clima de tensão é bem construído, mas acho que esse é que é o ponto alto do filme. Resumindo: Todo um filme feito para justificar um terceiro. Classificaria como "bom".
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