segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Planeta dos Macacos: O Confronto



Por Ananda Oliveira


O filme se passa dez anos após os acontecimentos do primeiro filme, onde Cesar se colocou livre ao lado de seus iguais e um piloto, vira a primeira vítima de um possível vírus, que poderia dizimar a humanidade.

No início do filme, esse fato é confirmado. O vírus que seria utilizado para criar a cura para o Alzheimer, se espalhou por todo o mundo e matou milhões de pessoas. Em um determinado momento, os poucos que restaram e se mantiveram imunes ao vírus, tentam sobreviver em um mundo com escassez de energia e outras faltas de recursos.

Os macacos vivem em comunidade e estão em um contínuo progresso. Eles se comunicam com linguagem de sinais e, às vezes pela própria fala. Aprendem a ler e a escrever em pedra, isso é observado quando Maurice ensina aos filhotes, em um espaço como se fosse uma escola.  Para se protegerem eles possuem lanças, para ir a longas distâncias eles usam cavalos. Isso é Impressionante!  É como se fosse o próprio progresso, que o ser humano teve de passar para chegar onde está.

A comunidade de Cesar e os humanos restantes acreditam que estão isolados um do outro.  Eles acabam se encontrando, e os humanos precisam de uma nova fonte de energia, para conseguirem se comunicar com outras pessoas mundo a fora, e saber se existe mais alguém além deles.

Desde o momento, do encontro entre eles até o final do filme, existe tensão. Tudo pode acontecer. Se um homem fizer besteira o macaco pode revidar e vice-versa.

Assim como o anterior, o filme desenrola por partes e sem ansiedade de chegar ao fim, tudo acontece no momento certo, no seu devido tempo.  Dando ao filme, a liberdade de se conduzir pelo espaço-tempo no seu próprio ritmo, e isso contribui com a tensão.

O mais interessante é observar que, mesmo sendo de espécies diferentes, eles agem como se fossem da mesma. Isso pode ser observado da seguinte forma: Cesar (Andy Serkis), assim como, Malcom (Jason Clark) acredita que ambos podem viver em harmonia respeitando seu espaço. Já Koba (Toby Kebbell) e Dreyfus (Gary Oldman) se preparam para enfrentar o inimigo, pois ambos acreditam que sua espécie pode ser destruída pela outra. Há muitas outras cenas em que isso pode ser observado, na comunicação, na personalidade e principalmente o mau e o medo.

O trabalho dos atores e da direção é estonteante. Afinal, nós espectadores vemos tudo pronto. Os atores atuaram entre si, vestidos de colan cinza e pontinhos no rosto, e mesmo assim, duvido que, alguém não acreditaria que o homem vestido de cinza seria na verdade, um macaco.

Podemos esperar uma continuação, pois o confronto já foi iniciado e como o próprio Cesar diz: Os humanos não vão perdoar.


Ave Cesar. 

  Um comentário:

  1. Eu não gostei tanto assim do filme. Concordo que o clima de tensão é bem construído, mas acho que esse é que é o ponto alto do filme. Resumindo: Todo um filme feito para justificar um terceiro. Classificaria como "bom".

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